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Toffoli se corrige e agora diz que 64 foi golpe e não “movimento”

Toffoli

Dois meses depois de chamar de “movimento” o golpe militar de 1964, Toffoli corrigiu a besteira que falou num seminário da Globo:

— Do ponto de vista institucional democrático, foi um golpe. Havia um presidente que estava no exercício constitucional do poder e foi tirado do poder, mas o sentido que quis dizer foi que não foi um desejo de pessoas que acordaram de manhã e colocaram a tropa na rua. Havia editoriais do GLOBO e do “Estado de S. Paulo” que defenderam aquilo. Vamos olhar para frente, não vamos retaliar o passado — afirmou.

— O que eu dizia para os que estavam no Largo do São Francisco (sede da faculdade de Direito da USP) é que o Judiciário brasileiro não poderia cometer o mesmo erro que os militares cometerem em 64. Essa parte ninguém destacou. E, quando fui falar de 64, eu fiz uma blague: não vou falar nem revolução, que é uma visão de uma parte da sociedade, e não vou falar nem golpe, que é a visão de uma outra parte da sociedade. Torquato Jardim (ministro da Justiça), lá em Brasília, sempre se refere a 1964 como movimento.

Terminou afagando os milicos:

— Os militares têm uma formação extremamente preparada e têm os olhos voltados para a nação brasileira. Trabalhar com pessoas que são dedicadas a dar sua vida pela pátria é trabalhar com lealdade e competência. Goste ou não goste, isso é um fato no Brasil: as duas instituições que foram poderes moderadores no país são o Judiciário e as Forças Armadas.