“Tom errado”: Campanha de Bolsonaro se irrita após pronunciamento sobre morte de líder do PT

Foto por: Redes Sociais/Reprodução
O presidente Jair Bolsonaro, quase 24 horas após o crime, comentou a morte do guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda, assassinado no sábado (09/07) por um bolsonarista. No entanto, ele mais uma vez rejeitou um conselho de integrantes da coordenação de sua campanha à reeleição sobre como se pronunciar.
Bolsonaro comentou o homicídio por meio de suas redes sociais. Na postagem, o presidente republica uma mensagem de 2018, na qual diz dispensar “o apoio de quem pratica violência contra opositores. Ele usa ainda a postagem para atacar a “esquerda”.
Para integrantes da coordenação da campanha, Bolsonaro deveria ter repudiado de forma mais explícita o crime. “Tinha que ter sido uma mensagem de paz. Ele passou a bola. Tentou jogar o medo para cima do PT, mas foi um bolsonarista que partiu para o ataque”, comentou um dos coordenadores.
Na avaliação de membros do QG da campanha, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou um tom “mais certo” que o pai. Em sua postagem, o filho mais velho do presidente disse “repudiar o atentado contra a vida do guarda municipal”, o qual chama de “ato isolado e irresponsável”.
Confira os tweets abaixo:
– Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018:
Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 10, 2022
Repudio o atentado contra a vida do guarda municipal de Foz do Iguaçu.
Um ato isolado e irresponsável, que absolutamente nada tem a ver com as pautas que defendemos para o Brasil.
Não somos assim, não precisamos de mais “Adélios”, não podemos e não vamos nos igualar à esquerda. pic.twitter.com/3h0k34YmPT— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) July 10, 2022