Torres estuda fazer delação premiada no inquérito da trama golpista

Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, está avaliando fazer uma delação premiada à Polícia Federal. Pessoas próximas ao bolsonarista afirmam que ele deve manifestar sua vontade de fazer uma colaboração premiada no depoimento à corporação desta quinta (22). A informação é do site O Cafezinho.
Ao contrário dos demais convocados para depor à PF, Torres deve falar durante sua oitiva. A defesa do ex-ministro já afirmou que ele não vai ficar calado e “responderá a todos os questionamentos” da corporação sobre o plano de golpe de Estado para manter o ex-presidente no poder em 2022.
Caso feche um acordo de delação premiada, Torres deve implicar Bolsonaro e a coronel Cíntia Queiroz de Castro, sua subordinada enquanto era secretário no DF. Ela já foi alvo de um pedido de indiciamento pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
Além de Torres, também vão depor nesta quinta ao menos outras oito pessoas, incluindo o próprio ex-presidente; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto.