Trabalhador rural sofre com recessão e seca no Nordeste
Da Folha:
(…) Depois de um período de bonança, marcado por um movimento de trabalhadores voltando da cidade para o campo, a taxa de ocupação despencou na região.
(..) de cada três brasileiros que deixaram de ter uma ocupação desde o recrudescimento da crise econômica, um era trabalhador rural nordestino.
Enquanto as roças ficam vazias com a seca e a falta de trabalho, as praças ficam cheias de gente que ali estão simplesmente para passar o tempo (…)
A construção é o segundo setor com maior perda de vagas no Nordeste. Cerca de 390 mil trabalhadores nordestinos deixaram de ter uma ocupação neste setor entre 2014 e 2017.
Grandes obras como a construção das ferrovias Oeste-Leste e Transnordestina e a construção de um estaleiro que atenderia à Petrobras no recôncavo baiano estão praticamente paralisadas.
Esta última é tocada por Odebrecht, OAS e UTC, três empresas investigadas na Operação Lava Jato. Desde janeiro, o consórcio que tocava a obra está em recuperação judicial.
A indústria também foi impactada e o terceiro setor em perda de vagas no Nordeste, com 285 mil trabalhadores que deixaram de ter uma ocupação.
