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Tratamento de Paulo Gustavo foi barrado no SUS em 2015, diz Ludhmila Hajjar

Médica Ludhmila Hajjar: “O Brasil deveria estar hoje com cinco ou seis vacinas disponíveis. E o Brasil não fez isso. Mas ainda dá tempo de fazer. E é o que temos cobrado incessantemente” | Foto: Reprodução/CNN Brasil

Do UOL.

A médica cardiologista Ludhmila Hajjar afirmou hoje que o tratamento ECMO para covid-19, que está adotado pelo ator Paulo Gustavo, custa R$ 30 mil e foi barrado no SUS (Sistema Único de Saúde) em 2015. Com bom trânsito em Brasília, a médica Ludhmila chegou a ser cotada para assumir o Ministério da Saúde no lugar do ex-ministro Eduardo Pazuello.

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“Muita gente não tem a chance de ser tratado numa ótima estrutura, como Paulo Gustavo, nem tem chance de ter a ECMO, dispositivo relativamente caro”, disse ela em entrevista à CNN. “Não se consegue fazer ECMO em alta escala no SUS”.

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Ludhmila contou que, em 2015, a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) barrou o uso da ECMO no SUS. “Sempre se pondera muito o custo, a efetividade, o momento que o país está passando e a economia. Hoje, eu diria que boa parte das vidas que estão sendo salvas no Brasil se devem a esse dispositivo”.

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Ainda segundo Ludhmila, todos os profissionais de saúde da linha de frente têm pra contar “várias histórias de pessoas que não tinham a menor chance de estarem vivas hoje, mas estão em suas casas porque tiveram a possiblidade de implantar a ECMO”.

A médica ressaltou que a ECMO é uma técnica usada há décadas para pacientes com pneumonias graves e agora vem sendo adaptada para pacientes com covid-19. “[A técnica] tem dois objetivos: oxigenar e eliminar o gás carbônico do sangue e gerar repouso adequado ao paciente para que a gente recupere o pulmão”.

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