Trump usou esquema para fazer com que apoiadores doassem para sua campanha sem saber
Do Globo:

Stacy Blatt estava em uma unidade de cuidados paliativos em setembro do ano passado, ouvindo o programa de Rush Limbaugh e seus alertas sobre como a campanha de Donald Trump precisava de dinheiro quando entrou na internet e doou tudo que podia doar: US$ 500
Foi uma grande quantia para o homem de 63 anos que lutava contra um câncer vivendo em Kansas City com menos de US$ 1.000 por mês. Mas aquela contribuição única — sua primeira doação política — rapidamente se multiplicou. No dia seguinte, mais US$ 500 foram retirados de sua conta, então mais US$ 500 na semana seguinte e nas outras semanas até outubro, sem o conhecimento dele. Isso até que a conta de Blatt fosse zerada e congelada.
(…) Mas o que ele acreditava ter sido um erro bancário foi, na verdade, um esquema intencional para aumentar os ganhos da campanha de Trump e da empresa que processava as doações online, Win Red. Diante de uma iminente falta de fundos e bem atrás das arrecadações dos democratas, a campanha começou, em setembro, a programar doações semanais, por padrão, até a eleição de novembro.
Os doadores precisavam ler as letras pequenas nas regras do site e fazer manualmente a retirada da lista de doações semanais. Com a proximidade da eleição, essa ferramenta ficou mais escondida, segundo uma investigação do New York Times. Foi criado ainda um segundo item, conhecido como “a bomba de dinheiro”, que já vinha preenchido antecipadamente e dobrava o valor da contribuição.
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