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UFRJ desmente governo: Na verdade, orçamento encolheu 10,6% entre 2014 e 2018

Bombeiros no incêndio do Museu Nacional. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil/Agência Brasil

Do Jornal do Brasil

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) rebateu nesta terça-feira, 4, os dados divulgados pelo governo federal de que houve incremento de 48,9% nos repasses à instituição entre 2012 e 2017. Segundo a reitoria, a informação é “falaciosa” e “extremamente absurda”. E informou que o orçamento da universidade encolheu 10,6% entre 2014 e este ano: saiu de R$ 434 milhões para R$ 388 milhões.

No mesmo período, os recursos destinados pela instituição ao Museu Nacional caíram 35%, de R$ 531 mil para R$ 346 mil, conforme dados passados pelo museu. A instituição pegou fogo domingo e 90% de seu acervo foi queimado.

A universidade rebate informações concedidas pelos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Educação, Rossieli Silva, e da Cultura, Sérgio Sá Leitão, nesta terça-feira. Eles sublinharam a responsabilidade da UFRJ pela administração do Museu Nacional, já que a instituição lhe é vinculada, e refutaram as críticas diretas feitas pelo reitor, Roberto Leher, e o diretor do museu, Alex Kellner, na segunda-feira. Padilha afirmou que entre 2012 e 2017 a dotação orçamentária para a UFRJ subiu 48,9% e que, nesse mesmo período, os repasses da UFRJ para o museu se reduziram em 43,1%.

Procurada pela reportagem, a UFRJ divulgou nota: “A Universidade sofreu significativa redução orçamentária nos últimos quatro anos. É falaciosa e extremamente absurda qualquer versão que insinue aumento de recursos, quando são visíveis os cortes na ciência e na educação, denunciados pela comunidade científica. O orçamento da UFRJ desde 2014 foi distribuído da seguinte forma: 2014, R$ 434 milhões; 2015, R$ 457 milhões; 2016, R$ 461 milhões; 2017, R$ 421 milhões; 2018, R$ 388 milhões”. Até o fim deste ano, a estimativa é de um déficit de R$ 160 milhões.

(…)

O museu divulgou que os repasses foram de R$ 531 mil em 2013; R$ 427 mil em 2014; R$ 257 mil em 2015; R$ 415 mil em 2016; R$ 346 mil. De janeiro a abril deste ano, foram liberados apenas R$ 54 mil.