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Um ano após a tragédia, pesquisadora contrária a ampliação de atividades em Brumadinho diz que “há sensação de impotência”

Bombeiros em Brumadinho — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Do Globo:

Em 11 de dezembro de 2018, a representante da sociedade civil Maria Teresa Corujo foi a única integrante do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) de Minas Gerais a votar contra a ampliação das atividades da mina da Vale em Córrego do Feijão. A barragem da mina, pouco mais de um mês depois, causou o maior desastre da mineração do Brasil. Um ano após a tragédia, a pedagoga que se mudou para a Serra da Piedade (MG) em busca de tranquilidade e se tornou ambientalista para proteger o lugar que escolhera para viver de ameaças da mineração, diz que o Brasil e Minas nada de concreto fizeram para promover a segurança e a Justiça.

Organizações da sociedade civil criaram o Janeiro Marrom. Qual o objetivo?

Janeiro Marrom é uma campanha sobre os perigos da mineração e o crime da Vale em Brumadinho. Ele conta com 55 organizações e movimentos e foi inspirado nas campanhas de conscientização de saúde, como o Outubro Rosa. Surgiu para marcar o primeiro ano do rompimento da barragem da Vale na Mina Córrego do Feijão. Nossa meta é e ter um maior número de pessoas atentas à questão da mineração.

Passado um ano, como está a situação das vítimas do desastre da Vale em Brumadinho?

Há a sensação de impotência nas pessoas. A empresa tenta minimizar o que fez. Vemos as pessoas inconformadas com a impunidade e com um grande anseio por justiça que, cada vez mais, parece impossível. Há muito sofrimento, angústia, adoecimento de forma muito violenta e cruel.

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