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Pelo menos 12 mortos em atentado contra jornal parisiense que publicou charges de Maomé

Homens armados atacaram o escritório da revista satírica Charlie Hebdo, em Paris, matando pelo menos 12 pessoas e ferindo outras 10, segundo autoridades francesas.

Testemunhas disseram ter ouvido seguidos disparos após homens armados terem aberto fogo com fuzis.

A publicação é polêmica por sua abordagem das notícias. A última mensagem da publicação no Twitter foi uma charge do líder do grupo Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi.

Uma testemunha, Benoit Bringer, disse ao canal de TV francês Itele ter visto “dois homens encapuzados entrando com Kalashnikovs. Minutos depois, foram ouvidos vários tiros”.

Em seguida, os homens foram vistos deixando o prédio.

A polícia afirma que um dos atiradores gritou “Nós vingamos o profeta”.

“É uma carnificina”, disse o policial Luc Poignant ao canal francês BFMTV. Entre os mortos há dois policiais.

A revista foi atacada em novembro de 2011 após ter publicado uma caricatura do profeta Maomé.

Uma reunião de emergência do governo francês foi convocada.

Pouco depois do atentado à redação do semanário Charlie Hebdo, em Paris, o presidente francês, François Hollande, condenou o incidente nesta quarta-feira (07/01). “Os autores desses atos serão perseguidos. A França está em choque. É um atentado terrorista, não há dúvida”, citou o jornal Le Monde.

“Temos de agir com firmeza, mas nos preocupando com a unidade nacional. Estamos diante de um momento difícil, diversos ataques foram evitados nas últimas semanas […] Puniremos os agressores”, declarou Hollande, segundo o Le Monde.

O presidente também criticou o fato de o ataque ter sido feito justamente “contra jornalistas que sempre tentam mostrar que se podem defender ideias na França”.

Em sua conta no Twitter, Hollande afirmou que “nenhum ato bárbaro será capaz de extinguir a liberdade de imprensa”. “Somos um país unido, que vai reagir unido”, prosseguiu.

A redação do Charlie Hebdo já havia sido alvo de um ataque à bomba em novembro de 2011, após a publicação de charges do profeta Maomé. Ninguém ficou ferido na ocasião.

 

 

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BBC

DW