Vaidade da mãe de Henry indica “transtorno narcísico”, diz psicanalista
Do EXTRA:
Ela trocou duas vezes de roupa antes de escolher o que iria vestir. Foto: ReproduçãoAo longo das investigações da morte de Henry, que terminou com a prisão de Dr. Jairinho e a professora Monique Medeiros, a vaidade da mãe do menino chamou atenção.
Um dia após o enterro do menino, Monique, que antes do crime já gostava de se exibir em selfies, sobretudo em academias de ginástica, foi a um salão de beleza na Barra da Tijuca, para fazer pé, mão e cabelo. Ao voltar para casa dos pais, em Bangu, pagou um Uber para cabelereira ir atendê-la no bairro da Zona Oeste.
Um cuidado tão grande com a aparência já tinha se manifestado quando, antes de ir depor pela primeira vez sobre a morte de Henry, na 16ª DP (Barra da Tijuca), ela mandou foto para a defesa ajudá-la na escolha da roupa. A primeira versão toda preta e, desaconselhada, trocou por um traje mais social e todo branco.
Visual que fez questão de eternizar em mais uma selfie, feita dentro da delegacia, com os pés sobre cadeiras, aparentemente relaxada e com um semblante de quase sorriso. Para psicólogos, são sinais de uma personalidade narcísica de natureza perversa, que pode ter sido potencializada com o início do relacionamento com Dr.Jairinho.
De acordo com a psicanalista Flavia Strauch, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Jeneiro, as preocupações com a beleza da professora mostram uma atitude totalmente descolada da realidade.
Para ela, após o caso ganhar proporção nacional, Monique deixou claro que havia uma grande preocupação em como apareceria nas fotos e filmagens da cobertura midiática, sem pensar no que este comportamento estaria passando ao público que assitia.
— A falta de compaixão e dor da mulher impacta as pessoas que esperam um comportamento mais condizente com alguém que perdeu o filho de maneira brutal. Ela claramente estava preocupada em como iria aparecer na mídia, o que evidencia um transtorno narcísico. Ao saber dos abusos de Jairinho com o garoto e tomar atitudes ambivalentes, onde se preocupava em dados momentos, mas não tomava uma atitude contundente, ela prova que estava mais interessada em manter o relacionamento do que com a segurança do filho – disse a psicanalista.
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