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Vale sabia de riscos na barragem em Brumadinho desde 2003

Da Folha

Bombeiros em Brumadinho — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

A Vale sabia, pelo menos desde 2003, de fragilidades na barragem que se rompeu em Brumadinho (MG) e, apesar de alertas, não há indícios de que tenha estudado a retirada das instalações administrativas da área de risco.

Essas são as conclusões de relatório da comissão independente de investigação contratada pela mineradora para apurar o rompimento de barragem da mina Córrego do Feijão, que deixou 270 mortos em janeiro de 2019.

A Vale divulgou um sumário do relatório na noite de quinta (20). O trabalho foi realizado por equipe coordenada pela ex-ministra do STF (Supremo Tribunal federal), Elle Gracie. Além das investigações, sugeriu uma série de recomendações para evitar novos desastres.

Segundo a comissão, já havia informações sobre a fragilidade da barragem mesmo antes da compra da Ferteco, sua antiga dona, pela Vale. “Tais informações tornaram-se especialmente relevantes após o rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, ocorrido em novembro de 2015”, diz o relatório. (…)