Vaza Jato – Dallagnol diz que tem que “colocar de joelhos e oferecer redenção” para obter delação premiada

O UOL informa que mensagens do Intercept mostram as estratégias dos procuradores para tentar influenciar Freiburghaus a aceitar um acordo e fazer a delação. “Acho que temos que aditar para bloquear os bens dele na Suíça. Conta, Imóvel e outros ativos. Ir lá e dizer que ele perderá tudo. Colocar ele de joelhos e oferecer redenção. Não tem como ele não pegar”, disse Dallagnol, em 22 de junho de 2015, de acordo com os diálogos. Ainda assim, Bernardo Freiburghaus não aceitou fazer delação.
De acordo com a publicação, ao Intercept, a assessoria de imprensa da Lava Jato afirmou que a força-tarefa “jamais vazou informações sigilosas para a imprensa, ao contrário do que sugere o questionamento recebido” e argumenta que apenas se fosse ilegal ou violasse ordem judicial uma informação passada à imprensa poderia ser caracterizada como “vazamento” —e que, portanto, o caso do jornal O Estado de S. Paulo não seria um vazamento.
A nota da assessoria confirma que a informação de que os Estados Unidos ajudariam na investigação é nova. “O único caso mencionado na consulta à força-tarefa se refere a uma reportagem do Estadão que combinava dados disponíveis em processos públicos e uma informação nova, igualmente sem sigilo, sobre possíveis estratégias que se cogitavam adotar no futuro, em relação à formulação de pedido de cooperação a ser enviado, o que não caracteriza vazamento”, completa o portal.