Apoie o DCM

Veja mitos e verdades sobre a tendência do banho de gelo

Homem faz imersão no gelo em piscina. Foto: Reprodução

Os banhos de imersão em gelo, comuns entre atletas, se tornaram uma moda popular, especialmente entre celebridades e influenciadores do bem-estar. Eles prometem benefícios como a melhora do humor, aceleração da recuperação muscular, aumento da imunidade e até a redução de sintomas de ansiedade.

Especialistas, no entanto, alertam que os resultados podem variar dependendo do objetivo, do protocolo adotado e do estado de saúde de quem pratica. Para a recuperação muscular pós-treino, a ciência apoia os banhos gelados. A imersão em água fria ajuda a reduzir a dor, proporcionando um efeito anestésico e promovendo vasoconstrição periférica, que diminui o fluxo sanguíneo nos músculos e a percepção de dor.

Embora existam estudos que sugerem benefícios para a imunidade, os especialistas permanecem cautelosos. A exposição ao frio pode influenciar modestamente a resposta imunológica, mas os efeitos são ainda incertos, e não há consenso científico sobre sua eficácia em prevenir doenças como gripes. Por outro lado, os efeitos positivos no humor são mais evidentes, com a liberação de noradrenalina, que gera sensação de bem-estar.

A ideia de que os banhos gelados podem auxiliar no emagrecimento é um mito. Embora o frio ative a gordura marrom e aumente temporariamente o gasto calórico, o efeito é pequeno demais para resultar em perda de peso. Além disso, quem possui problemas cardíacos ou outras condições de saúde, como hipertensão ou neuropatias, deve ter cuidado redobrado, pois o choque térmico pode desencadear reações.