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“Vem muita paulada, sempre volta”: Arthur Nory fala sobre ataques e diz que teve depressão

Arthur Nory

Após ficar de fora da final dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o ginasta Arthur Nory relacionou o seu desempenho ruim com a pressão que sofre nas redes devido ao ato racista que o ginasta cometeu em 2015.

“Eu tive muito medo, fiquei muito acuado para tudo. Eu estou abrindo meu coração de verdade. Tudo o que aconteceu na minha história desde o episódio de racismo de 2015, que vem à tona sempre que eu apareço. Então é um processo de amadurecimento diário, de entender e melhorar. A gente tem que buscar esses erros e melhorar. Assim como no esporte. Mas, no esporte, essa chance é só de quatro em quatro anos. Mas é aprender com isso e melhorar. Para Paris, fazer diferente”, disse, em entrevista ao repórter Carlos Gil.

“Não foi por isso, chega um momento que… Eu sempre tive muito medo, muito medo, desde o episódio do racismo, medo de falar, medo de assumir, medo de tudo. Fico sempre acuado, pensando em colocar o sorriso no rosto, brigando comigo para isso. E nestes últimos anos vêm isso muito forte, e no momento que você desabafa, assume, vem muita paulada. Venho tomando muita paulada agora e não vou mais me esconder. Vou assumir essa responsabilidade. É procurar melhorar todos dias”, declarou Nory.

“Foi ano difícil, tive burnout, depressão, tive que parar um tempo, voltar, focar na barra. E estou aqui em mais uma Olimpíada. Atleta, ser humano, a gente erra. Treinei bastante, foi um ano complicado, mas eu me entreguei. Fui até o fim brigando, ajudando a equipe no que eu podia”, apontou o ginasta, que também acabou sofrendo uma queda no solo.

Com informações do Globo Esporte.