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Venda de remédios aumenta 20% e brasileiro perde o sono na pandemia

Do Metrópoles

Insônia

A gestora de recursos humanos Amanda Mendes*, de 44 anos, dormia tranquilamente. Cuidava das duas filhas – uma menina de 9 anos e outra de 7 – com tranquilidade, cumpria a escala de trabalho e ainda arrumava tempo para se dedicar aos cuidados do apartamento dela, na Asa Sul.

Porém as preocupações desencadeadas pela pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, com a saúde e a situação financeira, tiraram o sono dela. Literalmente.

Assim como ela, um sem número de brasileiros começaram a ter dificuldades para dormir e passaram a se medicar com remédios hipnóticos.

Para o leitor ter dimensão da disparada no consumo desses fármacos, a venda cresceu 20% entre janeiro e dezembro do ano passado, em comparação com o mesmo período de 2019. Os dados inéditos são do Conselho Federal de Farmácia.

O problema chegou a níveis jamais vistos por especialistas, que alertam: o uso contínuo dessas drogas pode trazer prejuízos ao paciente, com sérios efeitos à saúde.

Entre abril e maio do ano passado, quando começavam as medidas mais rígidas de isolamento, a palavra “insônia” foi a mais procurada no Google. A pesquisa por “remédio para insônia” aumentou 130%. (…)