Veneno usado para matar mãe e filho em GO mataria “um auditório”, diz delegado

A advogada Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, que envenenou familiares de seu ex-namorado em Goiânia em 17 de dezembro, utilizou veneno transportado por um motorista de aplicativo na véspera do crime, conforme confirmado pelo delegado Carlos Alfama em coletiva nesta sexta-feira (29). O frasco adquirido continha 100ml de veneno líquido, com quantidade suficiente para causar danos letais a “um auditório inteiro”, embora a toxina específica não tenha sido revelada.
O motorista de aplicativo entrou em contato com a polícia, revelando a transferência de Amanda para ele antes do crime. Ele afirmou que recebeu um pedido da advogada para entregar uma encomenda em seu hotel, a qual se tratava de um produto de uma indústria química farmacêutica.
A polícia, em resposta a esse contato, solicitou a quebra do sigilo fiscal de Amanda, obtendo acesso a uma nota fiscal que esclareceu a toxina utilizada no envenenamento de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e sua mãe, Luzia Tereza Alves, de 86 anos. Ambos faleceram após consumirem bolos de pote envenenados após a compra em uma famosa doceria local. A corporação reiterou que a empresa fornecedora dos alimentos não possui qualquer ligação com o crime.
No dia da aquisição do veneno, Amanda discutiu com seu ex-namorado, Leozinho, sobre seus maiores medos, concluindo que a morte de seus parentes causaria o maior sofrimento a ele. O delegado Alfama ressaltou que há evidências abundantes da materialidade do crime, levando Amanda a responder por três homicídios – dois consumados e uma tentativa, pois o marido de Luzia, presente no café da manhã envenenado, não ingeriu os doces devido à sua condição de diabético.
*Com informações do Extra