Vereadores do PSOL vão à Justiça contra R$ 35 mil de reajuste no salário de Covas

De Paulo Roberto Netto no Blog de Fausto Macedo no Estado de S.Paulo.
Vereadores do PSOL em mandato e eleitos para a legislatura que começa no ano que vem entraram na Justiça contra o reajuste salarial sancionado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) que elevou em 46% os rendimentos que ele próprio receberá a partir de 2022. A lei foi assinada nesta quinta, 24, véspera de Natal, e aumenta de R$ 24 mil para R$ 35 mil mensais os rendimentos do alcaide.
Os salários do vice-prefeito e seus secretários também tiveram aumentos de 47% e 53%, respectivamente. A medida eleva o teto do funcionalismo público municipal, abrindo possibilidade para aumento nos rendimentos de outras categorias.
Assinam a peça a vereadora eleita Erika Hilton e a Bancada Feminista, bloco de mandato coletivo formado por Silvia Ferraro, Paula Nunes, Carolina Iara, Dafne Sena e Natália Chaves. O vereador Toninho Vespoli e o vereador em exercício Celso Luis Giannasi também assinam a peça. O objetivo é suspender a lei que autorizou o reajuste.
“Diante da realidade de uma crise sanitária dada pela pandemia do covid-19, que também resultou numa crise econômica, não parece razoável e moral aumentar o salário do prefeito, vice-prefeito e secretário em 46%, 47% e 53%. Mesmo que o reajuste esteja previsto para 1° de janeiro de 2022, a Câmara Municipal de São Paulo ignora o fato de estarmos na segunda onda do covid-19, de uma incerteza após as festas de fim de ano, além das incertezas e gastos com a imunização que a cidade deveria dar prioridade, e não a esse tipo de aumento fora da realidade social e econômica e financeira da própria administração pública”, afirmam.
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