Veteranos japoneses da 2ª Guerra alertam jovens: ‘Não morram pelo seu país’

Os últimos veteranos da Segunda Guerra Mundial no Japão têm um recado direto para as novas gerações: “Não morra pelo seu país”. Aos 97 anos, Kunshiro Kiyozumi é o último sobrevivente da tripulação do submarino japonês I-58, que afundou o USS Indianapolis. Ele vive sozinho em Matsuyama e lamenta que os jovens não saibam o que sua geração enfrentou. “Eles estão mais interessados em seus smartphones”, diz. Outros veteranos, como Tetsuo Sato, de 105 anos, compartilham da mesma frustração: “Eles desperdiçaram nossas vidas como se fossem pedaços de papel”, declarou Sato.
Kenichi Ozaki, Hideo Shimizu, Tadanori Suzuki e Masao Go também quebraram o silêncio após décadas sem falar da guerra. Ozaki, que viu soldados recorrerem ao canibalismo nas Filipinas, afirma: “Em seus últimos suspiros, ninguém gritou pela longa vida do imperador. Eles chamavam por suas mães”. Shimizu, forçado a integrar a Unidade 731, testemunhou experimentos cruéis e hoje alerta contra as mentiras sobre o passado. Já Suzuki, que sobreviveu a um ataque naval na Indonésia, diz às crianças em palestras: “Fiquem em casa com seus pais e parentes”.
Masao Go, que lutou pelo Japão mesmo sendo taiwanês, ergueu um monumento em homenagem aos milhares de conterrâneos mortos, dizendo que “uma ameaça a Taiwan é uma ameaça ao Japão”.