“Deus, pátria, família e Viagra”: compra das Forças Armadas vira piada nas redes

Virou motivo de chacota nas redes sociais a compra de 35.320 comprimidos de Viagra, remédio que costuma ser usado para tratar disfunção erétil, pelo Ministério da Defesa para atender as Forças Armadas. Nesta terça-feira (12), o medicamento se tornou o segundo assunto mais comentado das redes sociais no Brasil.
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou ontem um requerimento pedindo explicações à pasta sobre a encomenda do produto. No Portal da Transparência e no Painel de Preços do governo federal, o parlamentar identificou oito pregões realizados em 2020 e 2021 e ainda em vigor neste ano.
“Deus, pátria, família e Viagra”: políticos comentam o caso
Diversas personalidades da política usaram o Twitter para se posicionar sobre o escândalo – ou para simplesmente tirar um sarro. O pré-candidato ao governo do Paraná Roberto Requião (PT) foi um deles. “Deus, pátria, família, picanha e Viagra”, escreveu o paranaense, lembrando os gastos milionários do Ministério da Defesa em itens como picanha, salmão e filé mignon.
Já o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) foi mais sistemático, lembrando outro absurdo cometido pela gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Governo Bolsonaro veta a distribuição de absorventes para mulheres pobres e libera a compra de Viagra para as Forças Armadas”, disse.
O humorista José Simão também deixou seu comentário, em forma de trocadilho. “Pra manter a dita dura! As forças armadas!”, brincou.
Confira a repercussão:
Deus, patria, família, picanha e Viagra.
— Roberto Requião (@requiaooficial) April 11, 2022
Governo Bolsonaro veta a distribuição de absorventes para mulheres pobres e libera a compra de Viagra para as Forças Armadas. #viagra
— Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) April 11, 2022
“Forças Armadas aprovam compra de 35 mil unidades de viagra!”. Pra manter a dita dura! As forças armadas!
— José Simão (@jose_simao) April 11, 2022
O governo Bolsonaro autorizou a compra de 35 mil comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas. É um deboche com milhões de brasileiros que sofrem com a falta de medicamentos nos postos de saúde. O Ministério Público tem que investigar essa farra com dinheiro público.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) April 11, 2022
Para comprar a vacina da Pfizer contra a Covid-19 foram longos meses. Para a compra de Viagra para as Forças Armadas foi rapidinho.
— Blog do Noblat (@BlogdoNoblat) April 11, 2022
O governo que ignorou e-mails de vacina e vetou a compra de absorventes para mulheres pobres é o mesmo que gasta R$ 84,6 milhões com empresas de fachada e autoriza a compra de 35 mil comprimidos de Viagra e remédio para calvice para as Forças Armadas.
Esse é o tweet.
— Tabata Amaral (@tabataamaralsp) April 11, 2022