Vice-prefeita usa dinheiro público para fazer “amarração” em SP e recebe punição

O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou na última sexta-feira (1º) a suspensão imediata dos contratos entre a Prefeitura de Ribeira e a empresa W. F. Da Silva Treinamentos Ltda. A decisão liminar atende a ação civil pública do Ministério Público que investiga o desvio de recursos públicos para financiar supostos serviços de “amarração amorosa” em benefício da vice-prefeita Juliana Maria Teixeira da Costa (MDB), que também ocupa o cargo de secretária municipal de Saúde.
Segundo as investigações, a empresa teria recebido R$ 41,2 mil da prefeitura e repassado o mesmo valor a uma vidente conhecida como “Mentora Samantha”. O caso veio à tona após o vereador Dirceu Benedito encontrar comprovantes de pagamento no perfil da vidente no Instagram, um de R$ 6 mil em nome da vice-prefeita e outro de R$ 41,2 mil nominal à empresa contratada pelo município.
O serviço espiritual teria como objetivo manter um relacionamento extraconjugal entre Juliana e o coordenador municipal de Saúde, Lauro Olegário Da Silva Filho.
O Ministério Público apontou indícios de que a W. F. Da Silva Treinamentos Ltda. seria usada como “fachada” para desviar verbas públicas, especialmente da área da saúde. Além da vice-prefeita, o dono da empresa, William Felipe Da Silva, e o servidor público Lauro também foram denunciados. A ação pede a anulação dos contratos e o ressarcimento integral dos valores desviados.