VÍDEO: Advogada nomeada para o STJ foi humilhada por Joaquim Barbosa em 2013

A advogada Daniela Teixeira, que recentemente foi nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o cargo de ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem um histórico importante no combate à desigualdade de gênero e na luta pelos direitos das mulheres e contra a violência doméstica. A Lei Júlia Matos, uma de suas principais contribuições, foi promulgada em 2016, mas é baseada em uma história de 2013.
Na época, ela aguardava um julgamento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e estava grávida de sua filha, Júlia. Daniela pediu prioridade para o ministro Joaquim Barbosa, o que foi negado. Ela aguardou por mais de seis horas para receber o resultado do julgamento. “Me foi dito pelo ministro que a pauta tinha uma preferência pública, que não ficava atrás da minha preferência privada”, relatou.
Apesar de ter ganho a causa, a advogada saiu do tribunal para o hospital, já sentindo fortes contrações. A criança nasceu prematura e, depois que a mãe contou sua história, descobriu que outras mulheres passaram pela mesma situação.
Depois disso, Daniela Teixeira reuniu a assinatura de diversas advogadas para defender mulheres grávidas, adotantes e lactantes. Entre os direitos conquistados, estão a suspensão de prazos e a preferência em audiências. Há seis anos, ela foi premiada pela Câmara dos Deputados com a maior honraria dedicada às mulheres, a “Medalha Mulher Cidadã Carlota Pereira de Queirós”.
Daniela Teixeira. Grávida de 6 meses, foi humilhada na fila de espera do CNJ por Joaquim Barbosa. Acabou tendo um parto prematuro. Graças a lei resultado de sua luta, a taxa de advogadas que desistem da profissão caiu. Hoje é a nova ministra do STJ. Os humilhados serão exaltados. pic.twitter.com/qnip87ENuR
— Nicole Briones (@nicolebriones) August 30, 2023