VÍDEO: Após surto de Deltan, ministro diz que não discute com acusado

Após surto de Deltan Dallagnol por ter recebido uma cobrança de R$ 2,8 milhões por despesas da Lava Jato do Tribunal de Contas da União (TCU), o próprio ministro o respondeu. Bruno Dantas minimizou a fala do ex-procurador e disse que “magistrado não discute com acusado”.
Num vídeo publicado por Deltan, ele acusou o magistrado de ser “apadrinhado” de Renan Calheiros e de estar no lançamento da candidatura do ex-presidente Lula. Em resposta, Dantas afirmou:
“Não cabe a mim responder a qualquer tipo de ilação ou qualquer tipo de acusação. O que eu posso dizer é que o Tribunal de Contas da União é um órgão colegiado, não existem decisões monocráticas. Então, jamais existirá uma medida persecutória de iniciativa de uma única pessoa. Todas as decisões são colegiadas e, nos casos que estão sendo veiculados, as decisões têm sido unânimes”.
Veja o vídeo:
Falei há alguns meses que magistrado não discute com acusado. Continuo pensando a mesma coisa. pic.twitter.com/k9J8pbNfMS
— Bruno Dantas (@DantasBruno) May 25, 2022
O ex-procurador ficou descontrolado após receber a notificação do TCU e gravou um vídeo reclamando da ação e dizendo que este é o “preço de combater a corrupção no Brasil”.
“O TCU quer cobrar de mim e de outros procuradores o dinheiro investido para recuperar R$ 15 bilhões”, diz ele na gravação. Ele ainda reclama que o pagamento aos procuradores foi feito “como qualquer empresa pagaria” e promete recorrer.
Segundo Dantas, que é relator do caso, houve um gasto excessivo no pagamento de diárias e passagens pelos procuradores, e os recursos devem ser devolvidos.
Além de Deltan, receberam cobranças Antonio Carlos Welter (R$ 489 mil), Orlando Martello Junior (R$ 479 mil); Januario Paludo (R$ 343 mil), Carlos Fernando dos Santos Lima (R$ 308 mil), Isabel Vieira (R$ 325 mil), Diogo Castor (R$ 389 mil) e Jerusa Viecili (R$ 105 mil).