VÍDEO: Bolsonaro diz que vai definir hoje data para desobrigação do uso de máscaras
Em entrevista à Rádio Nova Regional, do Vale do Ribeira (SP), o presidente Jair Bolsonaro disse que vai definir nesta segunda-feira (23) uma data para desobrigar o uso de máscaras no país.
Ele afirmou que se reunirá com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para discutir a medida.
“Talvez tenha uma data a partir de hoje para essa recomendação do Ministério da Saúde. Se bem que, você sabem, o Supremo Tribunal Federal simplesmente deu poderes a governadores e prefeitos para ignorarem o governo federal”, disse.
Bolsonaro ainda repetiu a mentira de que quem já se contaminou com a Covid-19 estaria imunizado.
“Quem contraiu o vírus, obviamente, está imunizada também — como é o meu caso. [O governo trabalha para] tornar facultativo, orientar que o uso da máscara não precisa ser mais obrigatório”, disse o presidente, sem apresentar comprovações científicas.
?? Em entrevista a uma rádio da região do Vale do Ribeira, o presidente Jair Bolsonaro disse que pretende se reunir ainda hoje com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para tornar facultativo o uso de máscaras no país. pic.twitter.com/5pfYjlFF6h
— Eixo Político (@eixopolitico) August 23, 2021
Processado 160 vezes, Bolsonaro é alvo de uma ação a cada 6 dias
Jair Bolsonaro foi alvo de um processo a cada seis dias desde que assumiu a presidência.
No total, são 160 processos contra o presidente, segundo o Globo.
A maioria das ações são sobre a atuação do mandatário durante a pandemia.
Outras, criticam o envolvimento dos filhos do presidente na administração e o uso da máquina pública para proveito pessoal.
Os processos são distribuídos por tribunais de 17 estados e do Distrito Federal.
Pouco mais de um quarto das ações (27,5%) contestam ações do governo durante a crise sanitária.
16,25% são referentes a anulações de indicações ou exonerações do governo.
Enquanto 8,75% são para tentar impedir o uso da máquina pública.
A maioria destes processos são ações públicas movidas por cidadãos sem mandato.
Processos de Bolsonaro superam FHC, Lula e Dilma
Fernando Henrique Cardoso, durante seus dois mandatos, foi alvo de 108 processos.
Lula, por sua vez, foi o que menos precisou da Advocacia-Geral da União (AGU).
Ele foi alvo de 81 ações, enquanto Dilma Rousseff sofreu 100.
Há uma diferença entre os processos contra os mandatários, no entanto.
Desde Itmar Franco, a AGU defendia presidentes em ações relativas à administração pública.
Com Bolsonaro, a defesa tem um caráter pessoal, como o não uso de máscaras, criação de aglomerações e ataques à democracia.
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