Bolsonaro diz que Pfizer não se responsabiliza por efeitos colaterais da vacina em crianças

Em vídeo que circula nas redes sociais, Bolsonaro fala sobre a aplicação da vacina contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Ele diz que quem for responsável por aplicar a dose precisa dizer ao pai da criança que a Pfizer não se responsabiliza por efeitos colaterais.

“Quem for aplicar a vacina tem que dizer ao pai da criança que Pfizer não se responsabiliza por efeitos colaterais”, disse.

Bolsonaro completa dizendo que os efeitos colaterais ou outros que venham a surgir supostamente devido a vacina, só serão investigados em 2025.

“Esses efeitos colaterais, outros por ventura venham a aparecer só serão investigados em 2025.”

Bolsonaro diz que a Pfizer não se responsabiliza

O presidente ainda citou uma série de complicações que podem ocorrer após tomar a vacina.

“Os pais tem que ficar bastante antenados, principalmente nos primeiros minutos após a vacina, porque a criança pode sofrer, pode ter palpitação, dores no peito e falta de ar”, afirma.

“Os pais são responsáveis por tudo isso, a empresa Pfizer não se responsabiliza e os pais tem que pedir também o custo benefício dessa vacina”.

A fala do presidente, no entanto, não é verdadeira. Se o efeito adverso for identificado a pessoa pode acionar a farmacêutica. Esse é um direito que garantido pelo inciso XXXV, do artigo 5º da Constituição Federal, que determina que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.

Bolsonaro já se mostrou contra a vacina diversas vezes. Ele afirma não ter tomado a vacina e diz que sua filha mais nova, Laura de 11 anos, também não irá tomar a vacina pediátrica.