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VÍDEO mostra como é feita cirurgia no cérebro com paciente acordado

Paciente passa por cirurgia no cérebro acordado. Foto: Talyta Vespa

O paciente Flávio Amaro, de 24 anos, passou por uma cirurgia cerebral acordado para remover um glioblastoma, o tumor cerebral mais agressivo, no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Era sua terceira operação em menos de dois anos. O procedimento exigia extrema precisão, pois a lesão estava próxima às áreas responsáveis pela fala e pelos movimentos do braço e perna direita.

Durante a operação, a equipe médica, liderada pelo neurocirurgião Helder Picarelli, manteve Flávio consciente para monitorar suas respostas. Ele conversou, identificou figuras e moveu membros sob comando. “Flávio, está com sono? Preciso de você acordado, essa parte é importante”, pedia Picarelli, enquanto era acompanhado pela reportagem do G1. Cada resposta correta era um sinal de que as funções vitais estavam sendo preservadas.

A remoção do tumor, que se infiltra como um véu no cérebro, durou cerca de cinco horas. Flávio deixou o hospital com a linguagem e os movimentos intactos, apto a retomar sua rotina em Guarulhos. O procedimento cumpriu o objetivo de maximizar a retirada do câncer sem comprometer sua autonomia, em um equilíbrio delicado típico da neurocirurgia.