VÍDEO: Pobres foram “acostumados” a não aprender profissão, diz Bolsonaro
Na noite de quarta-feira (21) em entrevista à Rede Viva, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que pessoas que vivem na linha de pobreza foram “acostumadas” a não aprenderem uma profissão. O presidente ainda negou que há 33 milhões de pessoas passando fome no país.
“Tirar as pessoas da linha da pobreza é um trabalho gigantesco, são pessoas que foram ao longo dos anos acostumadas a não se preocupar, ou o Estado negar uma forma de ela aprender uma profissão. Nós pensamos e trabalhamos de forma diferente”, declarou ele.
Depois da declaração, Bolsonaro disse que apesar disso, não são todas as ocupações que necessitam de estudo: “Por exemplo, você quer vender uma carrocinha de cachorro-quente na praça. Você não tem que ter estudo para isso, com todo o respeito. Você tem que entrar com o pedido de alvará e a prefeitura conceder”.
Bolsonaro ainda disse que o ex-presidente e candidato Lula (PT) “mentiu” sobre a situação de fome em Santa Catarina: “O outro candidato foi em Santa Catarina e disse que lá tinham 500 mil pessoas passando fome. Tem gente passando fome? Tem, mas não nesse número todo”, afirmou.
O candidato petista havia participado no último domingo (18) de comício em Florianópolis e disse que “muita gente nesse estado fala que Santa Catarina não tem fome, mas tem pelo menos 500 mil pessoas passando fome”.
De acordo com os dados do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, indicaram que 33,1 milhões de brasileiros vivem em algum grau de insegurança alimentar, sem acesso frequente a alimentos de qualidade em todas as refeições.
Ainda sobre o levantamento, em Santa Catarina, são 558 mil pessoas com insegurança alimentar moderada, o que significa que alguns membros da família não estão fazendo todas as refeições diárias para economizar.
Assista ao vídeo:
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, afirmou nesta quarta-feira (21) em entrevista ao canal Rede Vida que pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza foram "acostumadas a não se preocupar em aprender uma profissão". pic.twitter.com/FPMo6vq81O
— OVALE (@jornalovale) September 22, 2022