VÍDEO: Trabalhadores nordestinos são expulsos de fazenda no MT por votarem em Lula

Três trabalhadores nordestinos, naturais do Maranhão, afirmam que foram demitidos da fazenda Paraíso, em Nova Ubiratã (MT) por votarem em Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Fomos expulsos da fazenda só porque votamos no Lula, porque somos petistas e nordestinos. Fomos expulsos, mas nós temos casa, tá? A gente não tá aqui pra brincar nem pra ser xingado de vagabundo. A gente tava aqui trabalhando”, monstra o vídeo que circula nas redes.
A prática é considerada crime eleitoral e abuso de poder econômico.
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Trabalhadores nordestinos denunciam que foram demitidos da fazenda Paraíso, Nova Ubiratã, 95km da cidade Feliz Natal, Mato Grosso, porque votaram no LULA.
Coagir trabalhadores é crime eleitoral e é abuso de poder econômico.
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— ContraFake Oficial (@contrafake_) October 7, 2022
O episódio ocorre no momento em que, para ampliar as chances de vencer as eleições, Bolsonaro precisa encurtar a distância que o separa de Lula na região. O atual presidente e seus apoiadores, no entanto, acumulam ataques preconceituosos contra o povo nordestino ao longo das últimas semanas e de todo seu mandato. Relembre os principais:
“Governadores de Paraíba”
O primeiro episódio de preconceito ocorreu em julho de 2019, quando Bolsonaro atacou o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e o governador João Azevêdo (PSB), governador da Paraíba. Durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, o presidente, sem perceber que o áudio de seu microfone estava ligado, disse ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que “daqueles governadores de ‘Paraíba’, o pior é o do Maranhão”.
“Crescer um pouquinho a cabeça”
Também em 2019, só que no mês de agosto, o atual presidente atacou novamente o povo nordestino em vídeo divulgado pelo deputado federal Carlos Cajado (PP-BA). Ao ser questionado pelo parlamentar se Bolsonaro estaria virando “cabra da peste”, Bolsonaro responde que “só tá faltando crescer um pouquinho a cabeça”, para logo depois dar uma gargalhada.
Em uma live com o candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas em setembro deste ano, Bolsonaro voltou a se referir pejorativamente ao susposto tamanho incomum da cabeça dos nordestinos. Ele perguntou se Tarcísio tinha “algum parente pau de arara” e, ao receber a confirmação de seu interlocutor, emendou: “Com essa cabeça aí tu não nega não, porra”.
“Pau de arara”
Em live em fevereiro deste ano, Bolsonaro se referiu a seus assessores nordestinos com a expressão pejorativa “pau de arara”, logo após errar o local de nascimento de Padre Cícero, religioso muito cultuado na região. O assunto no momento era a revogação de decretos de luta oficial na pandemia.