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Vinte anos após sua morte, Pablo Escobar tem até bairro com seu nome na Colômbia

O narcotraficante colombiano Pablo Escobar, chefe do cartel de Medellín, continua popular na Colômbia mesmo 20 anos depois de sua morte.

O nome de Escobar está associado a livros, DVDs, camisetas. Há até mesmo passeios pela antiga fazenda do supertraficante.

Sob a liderança dele, o cartel de Medellín chegou a controlar 80% da cocaína do mundo.

Escobar se transformou no traficante de drogas mais bem-sucedido nos anos 1980 e início dos anos 1990 – subornando, sequestrando ou matando qualquer um que ficasse em seu caminho.

Ele morreu no dia 2 de dezembro de 1993 em um conflito com a força policial colombiana.

Apesar dos crimes, Escobar ainda é adorado por muitos na cidade de Medellín, onde até um bairro ostenta seu nome.

No seu apogeu, Escobar chegou a declarar guerra contra o Estado. “Nós temos que criar um caos absoluto, declarar uma guerra civil total”, disse ele a outros barões das drogas, numa conversa telefônica gravada pela polícia. “Assim, eles vão nos pedir paz.”

O objetivo da ofensiva era proibir uma extradição, já que nada dava mais medo ao chefe do cartel de Medellín do que ser entregue aos Estados Unidos para julgamento.

Escobar mandou matar políticos, juízes e policiais, explodiu um avião no ar e colocou bombas em frente a prédios do governo. Milhares de pessoas morreram, mas tanto terror surtiu efeito: o Estado proíbiu a extradição.

Numa coletiva de imprensa em junho de 1991, ele disse que queria comparecer perante a Justiça: “Depois de sete anos de perseguição e lutas, eu vou para a cadeia pelo tempo que for necessário para contribuir para a paz da minha pátria amada, a Colômbia.”

Escobar foi para uma cadeia privada chamada La Catedral (“a catedral”),  construída de acordo com os planos do barão das drogas e vigiada por homens do próprio Escobar.

Em julho de 1992, antes de as autoridades conseguirem transferi-lo para outra prisão, Escobar fugiu. Começou então uma caçada sem precedentes.

Ele acabou sendo pego por causa de um telefonema para a mulher e os filhos. A polícia o localiza em um prédio no centro de Medellín. Durante o cerco ao edifício, Escobar, de 44 anos, foi morto a tiros no dia 2 de dezembro de 1993.

No funeral na sua cidade natal, Medellín, milhares de seus seguidores rodearam o caixão para prestar as últimas homenagens àquele que consideram um herói: Escobar havia doado dinheiro aos pobres, construído casas para moradores de um depósito de lixo e dado emprego a muitas pessoas.

Saiba Mais: BBC Brasil

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