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“Violento”, “quebrou braço da ex”: as frases do juiz que manteve a prisão do empresário “patriota”

O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior durante audiência de custódia em Belo Horizonte – Foto: Reprodução

O juiz Leonardo Damasceno manteve a prisão preventiva de Renê da Silva Nogueira Júnior, suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, ressaltando a gravidade do crime, o risco à sociedade e o histórico de violência do acusado. Durante a audiência de custódia, o magistrado destacou que o ato não foi por impulso, mas fruto de ações preparadas, lembrando que Renê já quebrou o braço de uma ex-companheira e tem registros de agressões e atropelamento com morte. Ele também apontou que o suspeito foi para a academia logo após o crime, questionando sua “personalidade violenta”.

Para Damasceno, houve “periculosidade do agente” e impossibilidade de defesa da vítima, que estava trabalhando na coleta de lixo quando foi atacada. Ele detalhou que Renê teria saído do carro armado, ameaçado a motorista do caminhão e efetuado disparos, atingindo Laudemir. O juiz reforçou que existem “indícios de autoria suficientes”, com várias testemunhas e reconhecimento do veículo utilizado, e classificou o caso como homicídio qualificado e crime hediondo.

O empresário, que nega o crime, afirmou que foi ao trabalho, passeou com o cachorro e depois seguiu para a academia, onde foi preso.