Apoie o DCM

Vítima de estupro, indígena morre em parto após ter aborto negado no Paraná

Protesto contra a criminalização do aborto. Foto: reprodução

Mirian Bandeira dos Santos, uma mulher indígena de 35 anos, morreu durante o parto do seu terceiro filho após ter tido o direito de aborto legal negado. A informação foi confirmada pela coluna de Monica Bergamo pelo Projeto Vivas, uma instituição que auxilia meninas e mulheres a acessarem serviços de aborto legal e prestou atendimento a ela.

De acordo com o projeto, Mirian foi violenta pelo antigo companheiro, que não aceitava o fim do relacionamento. Ela chegou a tomar contraceptivo de emergência após o estupro e fez exame de gravidez, que não constatou a gestação. No entanto, a mulher descobriu que estava grávida na vigésima semana de gestação durante atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Guarapuava.

Em 18 de agosto, Mirian foi acolhida por uma assistente social de Atendimento à Mulher em Situação de Violência. Mas, como a gestação entrava na 26ª semana, o serviço decidiu encaminhá-la para a Defensoria Pública do Paraná, para que ela conseguisse uma autorização judicial para a interrupção.

Nesse processo, a mulher conheceu o Projeto Vivas que começou a auxilia no processo. No entanto, Mirian também foi procurada por agentes públicos de assistência social de sua cidade, com alertas de que ela poderia ser “processada” caso continuasse. Assim, a estudante de enfermagem desistiu do procedimento e veio a falecer de embolia pulmonar enquanto dava à luz.

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link