Viúva do miliciano Adriano entrega desembargador e o chefe do Escritório do Crime

Viúva do ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, Julia Mello Lotufo, cumpre prisão domiciliar sob a acusação de participar de um esquema de lavagem de dinheiro proveniente das atividades criminosas de seu ex-marido.

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Julia apresentou uma proposta de delação premiada com o objetivo de recuperar a liberdade. O acordo ainda não foi aceito, e nem rechaçado, pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, mas a sua mera negociação provocou uma série de desgastes.

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Para o MP, resultou em desentendimentos internos e contribuiu para a saída das promotoras Simone Sibílio e Leticia Emile da força-tarefa que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

No caso de Julia, o contratempo foi maior. Ela voltou a receber ameaças de que, se contar tudo o que sabe, pode ser morta como queima de arquivo. Desde junho, quando houve a primeira conversa sobre a delação na Promotoria, a residência dela é vigiada 24 horas por dia por uma equipe da Polícia Civil do Rio.

A viúva vive encarcerada em razão de uma ordem judicial, mas também pelo medo de ser assassinada.

Com informações de Hugo Marques na Veja.