Weintraub age como senhor de escravo que tortura em praça pública, diz professor da UFF
No Jota, Cássio Casagrande, doutor em Ciência Política e professor de Direito Constitucional da Universidade Federal Fluminense (UFF), aponta as contradições e improbidades cometidas pelo ministro da Educação de Jair Bolsonaro e Olavo de Carvalho:
Sou professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF) há nove anos e nesse período nunca vi gente pelada circulando pelos nossos campi, no Ingá ou no Gragoatá. Também nunca testemunhei acampamento de sem-terra dentro dos nossos muros. Ademais, em nosso agradável ambiente acadêmico, não vejo professores e alunos fazendo “balbúrdia”. Docentes vão à universidade para ensinar e discentes para estudar, em harmonia e respeito recíproco.(…)
O MEC adotou neste semestre requisitos nada republicanos para distribuir recursos públicos às universidades federais. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que as universidades que promovem “balbúrdia”, sofreriam cortes orçamentários. E adiantou que os cortes promovidos nos orçamentos da UFF, UNB e UFBA se deviam a esse “enquadramento”. (…)
Weintraub agiu como o senhor de escravo que supliciava publicamente o fugitivo para atemorizar aos demais cativos; procedeu exatamente como o empresário inescrupuloso que demite o empregado grevista para amedrontar e docilizar os outros trabalhadores. (…)