Weintraub diz que deu “uma limpada boa” e que “saiu muita porcaria” entre livros didáticos

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, confirmou que o governo vai mudar os livros didáticos a partir de 2021, como antecipou o presidente Jair Bolsonaro na última sexta-feira (3/1). Em live para anunciar as ações da pasta em 2019, no Palácio do Planalto, ao lado de Bolsonaro, disse que o governo deu “uma limpada boa” e que “saiu muita porcaria”. Mas sustentou que outros livros que “a gente não gosta” perderão os contratos.
Na sexta-feira (3/1), Bolsonaro criticou os livros didáticos atuais, classificados por ele como “lixo”. Também anunciou que o governo deve, a partir de 2021, “suavizar” a linguagem das obras por considerar que os livros têm “muita coisa escrita”. Weintraub admitiu que isso ocorrerá, mas sem dar prazo, respeitando os contratos. “O que existe, ainda, são alguns livros, daqueles que a gente manda, são contratos. (Os críticos) começaram falando que (o governo) não vai respeitar as leis, cumprir a Constituição. Justamente o oposto. Vamos respeitar as leis, os contratos foram assinados. A gente já deu uma limpada, uma boa limpada, já saiu muita porcaria, mas ainda vai alguns que a gente não gosta”, afirmou.
A medida de mudanças dos livros escolares, bem como outras ações adotadas pelo governo, visa uma educação capaz de tirar o Brasil do “fundo do poço” no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). “O fundo do poço ficou em 2018. O senhor vai marcar já a reversão disso. Não dá para colocar em primeiro lugar a América do Sul ainda, porque estamos em último, mas vamos sair do fundo do poço”, declarou Weintraub, nesta terça-feira (7/1).