“Xerecada da alegria”: clínica usa fachada de massoterapia para oferecer serviços sexuais

Uma suposta clínica de massoterapia na Asa Norte de Brasília esconde na verdade um elaborado esquema de prostituição. Localizada no subsolo de um prédio comercial movimentado, a estabelecimento usa termos como “ambiente reservado” e “atendimento profissional” como fachada para serviços sexuais tarifados. O público-alvo são funcionários da Esplanada dos Ministérios que buscam “rapidinhas” no horário de almoço ou após o expediente.
A discrição é parte fundamental da operação. Pelo WhatsApp, o local garante entrada recatada e salas privativas. O acesso muda conforme o horário: durante o expediente usa-se a escada lateral, enquanto após as 18h e nos finais de semana a entrada é estritamente pela portaria dos fundos mediante interfone. Todo o fluxo é planejado para evitar suspeitas no movimentado comércio da região.
Ao adentrar o espaço, a fachada terapêutica se desfaz completamente. Na recepção, uma mulher de meia-idade explica sem rodeios o funcionamento. “Olha, são R$ 250 pela massagem e o relax final”, anuncia a gerente, apontando para um QR Code na parede. O valor é dividido em R$ 170 pela “terapia” e R$ 80 pelo “aditivo especial” explicitamente chamado de “xerecada da alegria”.
Os clientes aguardam em uma saleta com divã de couro preto antes de conhecer o “elenco” de “terapeutas”. As profissionais se apresentam individualmente, cada uma com seu nome de guerra e estilo específico, completando a estrutura do esquema que usa a aparência de serviço terapêutico para ocultar atividades ilegais.
