Youtubers bolsonaristas, incluindo o Terça Livre, apagaram 1705 vídeos desde o ano passado

De Gustavo Schmitt na Coluna de Guilherme Amado na Revista Época.
Canais bolsonaristas apagaram 1705 vídeos do YouTube desde dezembro. Parte deles é alvo de investigações do STF e da CPMI das Fake News.
O levantamento é do programador Guilherme Felitti, fundador da Novelo Data, empresa de análise de dados digitais, e considera o período de 8 de dezembro até esta segunda-feira, 25 de janeiro.
Felitti monitora páginas de extrema direita na rede social desde as eleições de 2018.
Entre os que deletaram material estão investigados no inquérito das fake news do STF, como o blogueiro Allan dos Santos, cujo site Terça Livre tirou do ar 37 vídeos.
O material inclui conteúdo negacionista sobre a Covid-19 e, claro, ataques contra o Supremo.
A página de Santos removeu vídeos intitulados como “Segunda onda: querem sacrificar o seu Natal”, “Vachina: Anvisa quer ajudar Doria?”, “Para o STF, eles mandam no Brasil” e “Absurdo: Alexandre de Moraes insiste em derrubar Bolsonaro”.
Fernando Lisboa, alvo da PF em inquérito que apura a organização de atos antidemocráticos, foi mais um a ter feito uma limpeza em seu canal.
Um dos vídeos retirados do ar defendia as acusações sem prova de Jair Bolsonaro de que houve fraudes nas eleições, centrava fogo no STF e dizia que Lula voltaria a ser preso, o que também não aconteceu.
O título da gravação era “Bolsonaro vai ter fraude – STF em crise total e Lula retorna a prisão”.
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