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Zé Dirceu sobre Bolsonaro: ‘Não podemos esperar até 2022’

De José Dirceu no Poder360

Zé Dirceu

Lá se foi 2020 e nada mudou. Ao contrário tudo se agravou. Os desafios do Brasil e de nosso povo ficaram ainda maiores. Tragicamente, não temos nenhum plano de vacinação e nem como enfrentar o agravamento da pandemia. Nunca houve um governo criminoso e irresponsável como o atual, na realidade um governo militar, autoritário, de extrema direita, obscurantista e fundamentalista. Um governo corrupto começando pela família do presidente e, também, corruptor ao capturar as instituições –como a Polícia Federal, a Receita Federal, o Coaf, o Ministério Público– e colocá-las a serviço da impunidade para benefício do presidente, sua família e grupo de áulicos, dos policiais e militares agora acima da lei.

O governo de Bolsonaro foi ainda além ao estimular o armamento da população e apoiar as milícias, ao contrapor-se ao isolamento social e à vacinação universal pública e gratuita. Enfim, uma terra arrasada onde grassa a violência e a barbárie, que incluem o desprezo pelo meio ambiente, pela cultura e ciência, pela liberdade e democracia. Temos um governo que simplesmente nega o novo mundo que emerge na crise, com alinhamento total aos Estados Unidos de Trump e hostil à China e à União Europeia. (…)

Vivemos à beira de um precipício. Nossa democracia, Estado Nacional e de Bem Estar estão em risco de um colapso ou ruptura, de serem capturados de novo por uma ditadura depravada e decadente. É hora de dar um basta e encerrar o ano de 2020 derrotando de uma vez por todas , antes que seja tarde, a camarilha que assaltou o poder em Brasília.

Não há mais dúvidas. Bolsonaro e seu bando não podem e não devem continuar governando o Brasil. É preciso impedir a marcha acelerada do governo em direção ao suicídio nacional.

Não podemos esperar por 2022 para derrotar este desgoverno. Nossa tarefa principal, em 2021, é remover Bolsonaro do cargo de presidente, de forma legal e constitucional, e mobilizar o pais para a vacinação e para um plano de emergência que evite uma catástrofe social já às nossas portas com o aumento do desemprego, da pobreza, da inflação e fim do auxilio emergencial. (…)