Está provado que Neymar desfruta de proteção da imprensa. Por Moisés Mendes

Atualizado em 28 de dezembro de 2020 às 20:47
Neymar

A festa de Neymar na mansão de Mangaratiba acontece desde sexta-feira e vai até a virada do ano.

Vamos contar: sexta, sábado, domingo e segunda. Hoje, a festa completa quatro dias.

Em outros tempos, sem drones, já teríamos fotos de pelados na piscina e bêbados estirados na grama.

Sim, sabemos que ninguém entra com celular. Mas não estou falando de imagens captadas pelos convidados, mas pelo jornalismo.

Teve um tempo em que os paparazzi fotogravam até Jacqueline Onassis nua na sua ilha grega, mesmo que o flagrante possa ter sido armado.

Com Neymar não dá nada. Está provado que Neymar desfruta de proteção da imprensa.

Hoje, nenhuma festa com aglomeração pode ser considerada privada. Muito menos a festa de Neymar, uma figura pública que comete o delito de juntar 500 pessoas nesse que se anuncia como o pior momento da pandemia.

A festa interessa a todos. O réveillon de Neymar é a melhor imagem do Brasil nesse fim de ano e a prova de que Bolsonaro é apenas o líder dos desatinados.

A TV mostra todos os dias blitz policiais que expulsam pobres de shows, ajuntamentos e bailões nas periferias.

Com Aécio, Sergio Moro e Neymar nunca acontece nada. Eles sempre se aglomeraram, desde antes da pandemia, com quem bem entendem.

O país precisa ver a festa-chinelagem de Neymar. Se pudesse, metade do Brasil iria a esse réveillon.