O DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) publicou uma nota nas redes sociais após a invasão de integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre) e disse que a universidade “não é lugar de fascista”.
Nesta semana, membros do MBL foram até a UFSC em um suposto “ato de recuperação do patrimônio público” para pintarem de branco paredes que estavam com pichações e grafites.
Segundo o DCE, é “inadmissível que se apaguem, com camadas mal feitas de tinta branca, as intervenções feitas pelas gerações de estudantes que passaram pela UFSC”.
Leia na íntegra:
“No dia 11 de julho, em meio ao período de finalização do semestre e início do recesso escolar na UFSC, indivíduos do grupo reacionário intitulado Movimento Brasil Livre (MBL) entraram no Centro de Convivência em um ato performático e demagógico, em que pintaram de branco as paredes do pavimento superior do prédio.
Sob a posse indevida do estandarte do DCE Luís Travassos – que também foi depredado – cobriram de tinta as pichações e os grafites que marcam a história desse espaço histórico para o movimento estudantil da UFSC, sob a desculpa que estariam “limpando” aquele lugar.
Essa ação faz parte de um movimento maior do MBL, que realizou atos semelhantes em outras universidades no Brasil. Motivados por seu desdém à Universidade Pública e às respectivas entidades de representação estudantil, depredaram um espaço público e histórico, sob argumentos de que a expressão artística e cultural que marcava o espaço seria obra de ditos “vagabundos” – entre outros termos pejorativos utilizados nas gravações do ato, produzidas pelos próprios indivíduos.
Na mesma publicação, inclusive, informaram – erroneamente – que o espaço alvo de sua intervenção seria a sede do Diretório Central dos Estudantes, numa tentativa de chacota que é a marca registradas das ações deste movimento.
O Conviva, alvo deste ataque infeliz, é uma conquista dos estudantes, que historicamente têm ocupado o prédio como um espaço de expressão artística, cultural e de organização política estudantil. É inadmissível que se apaguem, com camadas mal feitas de tinta branca, as intervenções feitas pelas gerações de estudantes que passaram pela UFSC, afinal, essas são marcas da história da nossa universidade. Esse ato apenas demonstra o desprezo da extrema direita pela arte e pela cultura, e pela força do nosso Movimento Estudantil.
Se hoje o Conviva está em condições sanitárias e estruturais precárias, isso se dá devido às restrições orçamentárias e o descaso com o patrimônio público – resultados diretos do projeto de sucateamento das universidades públicas que é aberta e orgulhosamente defendido pelo MBL.”
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