Estudantes e povo vão demonstrar que o Brasil não aguenta mais um presidente tosco e insano. Por Afrânio Silva Jardim

Atualizado em 11 de agosto de 2019 às 13:39

Publicado originalmente na fanpage do autor no Facebook

POR AFRÂNIO SILVA JARDIM, professor de Direito da UERJ

ESTUDANTES NAS RUAS, MOBILIZAÇÃO ASSEGURADA !!!

Na próxima terça-feira (dia 13), a UNE vai dar uma resposta ao projeto neoliberal do MEC para as universidades públicas, em particular, e para o ensino público, em geral.

Vai, ainda, repudiar os cortes financeiros no orçamento das universidades públicas, que são as melhores do país. Vai dizer “não” à reforma da previdência.

Vamos para as ruas. Vamos combater o fascismo. Estudantes e o povo vão dar uma demonstração de que o Brasil não aguenta mais um presidente tosco e insano.

Vejam as corretas colocações de Iago Montalvão, novo e combativo presidente da UNE.

O projeto “Future-se” atrela as universidades públicas às empresas privadas, na medida em que dela viriam os seus recursos financeiros.

Assim, o “mercado” vai tornar a universidade pública em uma mera “fábrica” de mão de obra qualificada, tudo para dinamizar seus lucros, afastando a universidade do indispensável saber crítico e do desenvolvimento cultural de nossa juventude.

Nossos estudantes se negam a ser um “mero parafuso” nesta terrível engrenagem produtiva, alienante e castradora de novos “sonhos”.

Não nascemos apenas para produzir e consumir. Nossa felicidade só pode se concretizar com o integral desenvolvimento de nossas personalidades e com a busca ou atingimento dos nossos melhores valores.

Queremos justiça social e não apenas crescimento econômico para o deleite de alguns poucos.

Enfim, os nossos estudante se negam a ser adestrados para uma vida tão medíocre e frustrante. Eles querem mais do que celulares e shoppings modernos…

Estudantes não querem que suas vidas sejam determinadas pelas grandes corporações. Todos nós não devemos aceitar que o grande capital module a nossa vida em sociedade.

Democracia social é incompatível com exploração econômica. Neste nosso modelo injusto de sociedade, o Estado passou a ser a expressão política do poder econômico. Ele nos aprisiona.

A chamada liberdade econômica nada mais é do que liberdade para tirar a liberdade de quem é empregado, de quem efetivamente produz as riquezas sociais. O empregado depende do seu patrão, que nele manda e direciona o seu comportamento, seu modo de se comportar, seu modo de ser.

Estudante universitário deve ter esta consciência e por isso rejeita ser “moldado” segundo os interesses das grandes empresas. Recusem. Resistam. Depois será tarde demais …