Estudo revela estratégia digital da esquerda para defender taxação dos super-ricos

Atualizado em 7 de julho de 2025 às 9:43
Peças produzidas com o Veo 3 do Gemini, plataforma de IA do Google, tratam do embate entre ricos e pobres. Foto: Reprodução

Um relatório entregue a líderes da oposição neste fim de semana detalha o monitoramento de um mês da campanha digital conduzida pelo governo e pelo PT em defesa da justiça tributária e contra os super-ricos. O estudo analisou 41 mil publicações realizadas entre os dias 5 de junho e 4 de julho, com foco na mobilização digital nas redes sociais, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

A análise, realizada pela empresa PLTK, do marqueteiro Paulo Nobel, apontou que alguns perfis da esquerda foram os principais responsáveis por impulsionar a campanha. O destaque foi o perfil @LulaPTnosTrends, “que promoveu tuítaços com hashtags como #LulaEuVoteiEmVocê e ataques ao Congresso”.

A postagem com maior repercussão do perfil dizia: “Não deixe os mamateiros do congresso sem resposta! Vamos juntos com Lula por Justiça Fiscal!”

Outros perfis que se destacaram na defesa do governo e na disseminação de mensagens foram @PTnoSenado, @jandira_feghali e @ThiagoResiste, além de @pastorhenriquev e @analise2025, ambos fortes nas frases de efeito e mobilização rápida.

A campanha ganhou força especialmente após a Câmara dos Deputados derrubar o decreto do governo Lula (PT) que previa o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o que gerou forte reação nas redes.

O levantamento destaca que “embora sustentada pela narrativa de justiça fiscal, a ação priorizou o confronto político e a pressão pública sobre o Congresso, gerando grande visibilidade, mas também elevados índices de rejeição”.

Um ponto central foi o uso de vídeos gerados por inteligência artificial: “Um dos aspectos mais marcantes dessa estratégia foi a adoção de vídeos gerados por inteligência artificial, que deram escala e velocidade à comunicação — mas, ao mesmo tempo, reforçaram a percepção de artificialidade e possivelmente contribuíram para a onda de críticas identificadas durante o monitoramento.”

O relatório conclui: “A campanha evidencia que a esquerda está acordada, organizada e com capacidade técnica para ativar suas redes com rapidez, escala e consistência — especialmente quando se trata de disputas simbólicas e mobilização política nas plataformas digitais.”