“Eu não sou heroína. Eu só queria salvar o Marcelo”, diz ao DCM viúva de petista assassinado

Atualizado em 17 de julho de 2022 às 20:22
A policial Pamela Suellen Silva, viúva de Marcelo Arruda no DCMTV

Neste domingo (17), o DCMTV recebeu a policial Pamela Suellen Silva, viúva de Marcelo Arruda, militante do PT assassinado pelo bolsonarista Jorge José Rocha Guaranho em Foz do Iguaçu num crime político. Na Live de Domingo, Pamela falou sobre a tragédia que ocorreu durante a comemoração de 50 anos do ex-tesoureiro petista.

‘Ele foi à festa, ameaçou todos nós, voltou e fez o que fez, o inferno. Destruiu nossa família, acabou com os nosso sonhos e destruiu os planos do Marcelo’’, disse.

Marcelo, ela lembra, era querido por todos os que o conheceram. “No velório, eu pude perceber a expressão dele em todas as classes. Era um campo infinito. Marcelo era querido por todos”, falou.

Pamela rejeita qualquer sentimento de vingança, mas admitiu ter reservas sobre sua segurança e possíveis retaliações. “Como eu trabalho com o governo, tenho receio. Com todo esse meu envolvimento, com essa situação, estou um pouca assustada e com medo com tudo o que aconteceu”, afirma.

“Tenho medo, medo por meus filhos, medo, medo”.

“O crime foi político”, ela ressalta. “Eu não sei quem ele é. Eu tentei estebelecer um diálogo. Ele não me ouvia, estava na frente dele e não me enxergou”.

Pamela contou que o local da comemoração, o salão da a Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (Aresfi), foi indicado pelo irmão de Marcelo, José, que trabalha lá.

José é bolsonarista. Foi ele quem recebeu, junto com o outro irmão, Luís, o deputado Otoni de Paula para uma call de Bolsonaro tentando convencê-los a dar uma coletiva em Brasília.

“Eu não posso vir aqui e defender: ‘Ele é um assassino’. Mas não vou continuar com essa maldade. A gente não gostava dessa maldade. Se ele é mal e tem esse comportamento, ele que se resolva”, diz Pamela.

Ela ainda afirmou que não se considera uma “heroína”. “Eu só queria salvar o Marcelo. Lutamos de todas as formas. Até os médicos lutaram pela vida dele. Tem coisas que fogem das nossas mãos”, disse. “Não consegui nem viver meu luto”.

Confira a entrevista completa abaixo:

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