EUA anunciam acordo de parceria militar com o Paraguai

Atualizado em 15 de dezembro de 2025 às 22:43
O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano e secretário de Estado Marco Rubio. Foto: Divulgação

O governo dos Estados Unidos assinou um acordo de cooperação com o Paraguai que prevê a atuação de militares americanos e de funcionários civis do Departamento de Guerra no país sul-americano. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (15) pela Secretaria de Estado dos EUA.

Segundo comunicado oficial, o secretário de Estado Marco Rubio se reuniu com o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, para formalizar a assinatura de um Acordo de Estatuto de Forças entre os dois países. O documento estabelece as bases legais para a atuação de forças estrangeiras em território paraguaio.

De acordo com o governo norte-americano, o acordo define direitos, responsabilidades e o status legal de militares e civis dos EUA no Paraguai. O texto não prevê, necessariamente, a criação de bases militares nem a presença permanente das tropas, mas autoriza operações conjuntas e cooperação em áreas específicas.

Em nota, a Secretaria de Estado afirmou que o acordo “estabelece uma estrutura clara para a presença e as atividades de militares e civis do Departamento de Guerra dos EUA no Paraguai”, com foco em treinamento bilateral e multinacional, assistência humanitária, resposta a desastres e outros interesses de segurança compartilhados.

A assinatura ocorre em meio à nova estratégia de política externa dos Estados Unidos, divulgada no início de dezembro. O documento define a América Latina como área prioritária de interesse estratégico, em linha com princípios associados à Doutrina Monroe, que historicamente trata a região como esfera de influência norte-americana.

Chamado de Estratégia de Segurança Nacional, o texto do segundo mandato de Donald Trump prevê o reforço da presença militar no continente, com maior atuação naval, controle de rotas estratégicas, combate ao tráfico e ampliação do acesso a locais considerados sensíveis para os interesses dos Estados Unidos.