EUA cancelam visto de brasileiro que celebrou morte de Charlie Kirk

Atualizado em 14 de outubro de 2025 às 20:37
Erika Kirk, esposa de Charlie Kirk , e o presidente dos EUA, Donald Trump
Erika Kirk, esposa de Charlie Kirk , e o presidente dos EUA, Donald Trump – REUTERS/Kevin Lamarque

O governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump, revogou vistos de estrangeiros que comemoraram a morte de Charlie Kirk nas redes sociais, citando um brasileiro como exemplo nesta terça-feira (14). Em publicação na rede social X, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que “continua a identificar portadores de visto que celebraram o hediondo assassinato” e exibiu postagens específicas que motivaram as revogações.

O órgão afirmou que o cidadão brasileiro — cuja identidade não foi revelada — escreveu: “Charlie Kirk foi a razão para um comício nazista, onde marcharam em sua homenagem. Morreu tarde.”

Além desse exemplo, foram citados estrangeiros da Argentina, África do Sul, México, Alemanha e Paraguai por postagens similares.

Trump defende aplicação rigorosa das leis migratórias

Na mensagem publicada, o texto afirma: “O presidente Donald Trump e o secretário Marco Rubio irão defender nossas fronteiras, nossa cultura e nossos cidadãos, aplicando nossas leis de imigração. Os estrangeiros que se aproveitam da hospitalidade americana enquanto celebram o assassinato de nossos cidadãos serão expulsos.”

O anúncio coincidiu com a concessão, por Trump, da Medalha Presidencial da Liberdade a Kirk, que faria 32 anos na data. A honraria é a mais alta distinção civil americana.

Post de argentino exibido pelo Departamento de Estado dos EUA
Post de argentino exibido pelo Departamento de Estado dos EUA – X/Reprodução

Critério “antiamericanismo” para concessão de vistos e benefícios

Em agosto, a Casa Branca já havia informado que o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS) começaria a levar em conta manifestações de “antiamericanismo” nas redes sociais para analisar vistos e benefícios de imigrantes.

Um comunicado oficial do USCIS afirma que estarão sob maior vigilância as solicitações que:

  • demonstrem apoio ou promoção de ideologias antiamericanas;
  • endossem ou defendam grupos terroristas;
  • promovam teorias conspiratórias antissemitas ou atividades terroristas.

Segundo o porta-voz Matthew Tragesser:

“Os benefícios dos Estados Unidos não devem ser concedidos àqueles que desprezam o país e promovem ideologias antiamericanas. Os benefícios de imigração — incluindo viver e trabalhar nos EUA — continuam sendo um privilégio, não um direito.”

O que muda para quem solicita visto

Na prática, agentes americanos agora podem:

  • analisar perfis públicos em redes sociais;
  • identificar postagens com discurso contrário aos Estados Unidos;
  • negar vistos ou benefícios se houver conteúdo considerado “antiamericano”.
Jessica Alexandrino
Jessica Alexandrino é jornalista e trabalha no DCM desde 2022. Sempre gostou muito de escrever e decidiu que profissão queria seguir antes mesmo de ingressar no Ensino Médio. Tem passagens por outros portais de notícias e emissoras de TV, mas nas horas vagas gosta de viajar, assistir novelas e jogar tênis.