Após a tentativa de assassinato contra Donald Trump durante um comício no condado de Butler, na Pensilvânia, figuras proeminentes da direita ultraconservadora dos Estados Unidos estão culpando as mulheres do Serviço Secreto para justificar a suposta falha da agência de segurança durante o atentado.
Nas redes sociais, influenciadores alegam que as agentes são “muito pequenas ou fracas demais”.
Responsável por proteger as figuras políticas mais importantes do país, o Serviço Secreto tem sido criticado por permitir que o atirador Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, se aproximasse a menos de 150 metros do republicano com um fuzil semiautomático AR-15. A segurança do evento era executada pelo Serviço Secreto, FBI e polícias estadual e local.
A diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, disse em entrevista na última segunda-feira (15) que havia três agentes no complexo de edifícios onde o atirador estava monitorando eventuais ameaças.
Além das supostas falhas técnicas do Serviço Secreto, comentários sexistas que questionam a política de recrutamento da organização baseada na Diversidade, Equidade & Inclusão (DEI) também estão sendo publicados na web.
No momento dos disparos, várias mulheres do Serviço Secreto se lançaram para proteger Trump e retirar o republicano do local.
“Não deveria haver mulheres no Serviço Secreto. Os agentes devem ser os melhores e nenhum dos melhores é mulher”, escreveu o ativista de direita Matt Walsh no X (antigo Twitter).
O congressista republicano Tim Burchett criticou a diretora do Serviço Secreto por implementar uma política de diversidade na organização, além de seu histórico na PepsiCo. “Não consigo imaginar como uma contratação DEI da Pepsi possa ser uma escolha ruim para a chefe do Serviço Secreto #sarcasmo”, disse.
O congressista republicano Tim Burchett criticou publicamente a diretora Cheatle por suas políticas de diversidade, além de seu histórico na PepsiCo. Por outro lado, Cheatle defendeu as iniciativas de diversidade, enfatizando a importância de atrair talentos diversos para a agência.
“Ter uma pessoa pequena como cobertura corporal para um homem grande é como usar um traje de banho pequeno na praia: não cobre o sujeito”, afirmou o dono do X, o bilionário Elon Musk.