Sob o governo de Donald Trump, os Estados Unidos vêm adotando uma postura de pilhagem e pirataria na região do Caribe, com ações de força contra embarcações associadas à Venezuela.
Mais uma operação conduzida neste domingo, 21, resultou na interceptação de uma embarcação em águas internacionais próximas à Venezuela. A informação foi confirmada por autoridades do governo do presidente Donald Trump à agência Reuters.
A ação ocorreu na costa do país sul-americano e representa a terceira apreensão de navios registrada nas últimas semanas. Trata-se também da segunda interceptação realizada pelas forças americanas apenas neste fim de semana, em um contexto de reforço da presença militar dos EUA no Caribe.
No sábado (20), outro navio já havia sido apreendido na mesma região. As operações se intensificaram após o anúncio de um bloqueio total a petroleiros sancionados que entrem ou saiam da Venezuela, medida divulgada recentemente pelo governo Trump.
Autoridades americanas ouvidas pela Reuters falaram sob condição de anonimato. Elas não informaram qual embarcação foi interceptada nem detalharam o ponto exato da operação realizada neste domingo, limitando-se a confirmar que a ação ocorreu em águas internacionais.
Detentora das maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, a Venezuela depende da exportação do produto para sustentar sua economia. Analistas apontam que um bloqueio efetivo às vendas externas tende a aprofundar as dificuldades financeiras do país.
A primeira apreensão de um petroleiro ocorreu no dia 10 de dezembro. Na ocasião, Trump declarou que os Estados Unidos haviam capturado “um navio muito grande por uma ótima razão” e afirmou que a embarcação e sua carga de petróleo permaneceriam sob controle americano.
O governo de Nicolás Maduro reagiu classificando a ofensiva dos EUA como irracional e uma “ameaça grotesca”. As interceptações fazem parte de uma estratégia mais ampla de pressão, já que Washington considera o regime venezuelano ilegítimo e tem elevado o tom contra Caracas.
A escalada ganhou novos contornos após Trump afirmar, em entrevista à NBC News na sexta-feira, 19 de dezembro, que não descarta um conflito armado com a Venezuela. A declaração provocou reações internacionais, incluindo críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que alertou para os riscos humanitários e para o impacto no direito internacional.