EUA interceptam mísseis lançados por aliados do Irã; o destino seria Israel

Atualizado em 19 de outubro de 2023 às 18:13
Destróier da classe Arleigh Burke, a mesma envolvida no incidente no mar Vermelho, dispara míssil durante exercício militar no Pacífico – Toni Burton/Reuters

Mísseis lançados supostamente por rebeldes Hutis do Iêmen, uma facção xiita apoiada pelo Irã, foram interceptados por um navio de guerra dos Estados Unidos nesta quinta-feira (19). Segundo o Pentágono, os mísseis eram possivelmente direcionados a Israel, ao norte.

O USS Carney, destróier lançador de mísseis guiados, abateu dois ou três mísseis vindos da costa da região Huti no Mar da Arábia, em um incidente que aumenta as tensões já elevadas na região.

Os Estados Unidos recentemente aumentaram sua presença no Mediterrâneo oriental, próximo à costa israelense, enviando um grupo de porta-aviões para dissuadir qualquer envolvimento do Irã no conflito entre Israel e o grupo Hamas. Como parte do esforço, a Marinha dos EUA está realizando patrulhas constantes na área, demonstrando sua determinação em apoiar o Estado sionista.

Enquanto isso, os Hutis do Iêmen estão envolvidos em uma prolongada guerra civil com o governo autoritário do país, com o conflito resultando em um imenso sofrimento humano. O envolvimento do Irã como apoiador desses rebeldes tem suscitado preocupações entre os países envolvidos na região, especialmente com os recentes eventos em Israel e na Faixa de Gaza.

Tropas israelenses esperam na fronteira com a Faixa de Gaza — Foto: Thomas Coex/AFP

As recentes trocas de fogo entre o Hezbollah, baseado no sul do Líbano e o norte de Israel, e os ataques persistentes no norte de do país sionista têm agravado ainda mais as tensões regionais. Enquanto a China trabalha para reconciliar o Irã e a Arábia Saudita, na tentativa de acabar com o conflito no Iêmen, o episódio do navio americano ressalta o risco de uma escalada no Oriente Médio.

A situação atual reflete uma crescente preocupação internacional, especialmente com a recente declaração do presidente russo, Vladimir Putin, sobre a capacidade de caças armados com mísseis hipersônicos para monitorar e atingir navios americanos no Mediterrâneo oriental, incluindo o USS Gerald Ford, o mais recente porta-aviões dos EUA.

O incidente do USS Carney, vindo do canal de Suez, ressalta a complexidade da situação, levantando temores de que o conflito em Israel possa se transformar em um conflito regional sangrento. Com uma história de ataques terroristas anteriores no Iêmen, o episódio traz à memória o ataque ao USS Cole em 2000, executado pela Al Qaeda de Osama bin Laden, que resultou na morte de 37 marinheiros.

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