O governo dos Estados Unidos da América pediu a ajuda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para convencer a China a apoiar um projeto de reeditar uma operação de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Haiti. Com informações de Jamil Chade, colunista do Uol.
Segundo o colunista, fontes do Palácio do Planalto confirmaram que os americanos estão preocupados com a crise no país caribenho e que querem restabelecer a missão internacional. Para isso, necessitarão de uma aprovação no Conselho de Segurança. Mas, com a guerra na Ucrânia destruindo a relação entre as principais potências, pode acabar nas mãos da diplomacia brasileira a busca por criar pontes entre Washington e Pequim.
O governo brasileiro, no entanto, descarta a possibilidade de voltar a enviar soldados do país para a missão desejada pelos americanos. Pois, por mais de uma década, o Brasil liderou a operação de paz no Haiti.
A percepção é de que, hoje, não existe um clima sólido suficiente entre as Forças Armadas brasileiras e o Executivo para se pensar em um novo projeto de exterior.
Após a recusa por parte do Brasil, os EUA têm buscado em seus país vizinho, o Canadá, uma alternativa para que o país assuma a liderança de uma nova missão.
O fato de Lula possuir uma boa relação com o governo chinês ainda mantém acessa a esperança por parte dos americanos de que o Brasil futuramente os auxilie em seu projeto.
O tema foi tratado entre a embaixadora dos EUA para a ONU, Linda Thomas-Greenfield, e o assessor especial da presidência, Celso Amorim, na semana passada.
“Relativamente ao Haiti, ambos os nossos países estão frustrados com a situação no Haiti. Falamos sobre algumas opções para avançarmos na abordagem dessas questões, em especial no Conselho de Segurança. E comprometemo-nos a trabalhar em conjunto para encontrar soluções que permitam abordar a questão de forma mais direta”, afirmou Linda Thomas.
O governo de Biden lembrou ainda que governo haitiano e o seu povo já haviam pedido anteriormente apoio internacional para combater a violência e a insegurança que assolam o país. Tais fatores, segundo os EUA, exibiriam a urgência da realização do projeto de paz defendido por eles.