
O governo dos Estados Unidos anunciou que passará a revisar publicações de estrangeiros nas redes sociais e poderá negar vistos, inclusive de estudante, e autorizações de residência (green card) caso as postagens sejam consideradas “antissemita”. A medida foi divulgada nesta quarta-feira (9) pelo Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (USCIS).
Segundo as autoridades, a nova diretriz tem como objetivo “proteger o país de extremistas e terroristas estrangeiros”, especialmente aqueles que manifestem apoio a organizações como o Hamas e a Jihad Islâmica, da Palestina, o Hezbollah, do Líbano, ou os houthis, do Iêmen — todos designados como grupos terroristas pelos Estados Unidos.
“Não há lugar nos Estados Unidos para simpatizantes do terrorismo. Não somos obrigados a aceitá-los nem deixá-los ficar aqui”, declarou Tricia McLaughlin, subsecretária de Assuntos Públicos do Departamento de Segurança Interna (DHS).
A secretária do DHS, Kristi Noem, reforçou que a Primeira Emenda, que garante a liberdade de expressão nos EUA, não se aplica da mesma forma a estrangeiros que promovam discursos de ódio ou incitação à violência, segundo o governo.

A nova política migratória, que entra em vigor imediatamente, será aplicada a diversos tipos de vistos, incluindo os de estudantes e as solicitações de residência permanente.
A medida já provocou polêmicas. De acordo com relatos de ativistas, alguns estrangeiros tiveram seus vistos revogados após participarem de protestos contra a guerra em Gaza, mesmo sem terem feito declarações antissemitas na internet.
Um dos casos mais conhecidos é o de Mahmoud Khalil, líder de manifestações na Universidade de Columbia, em Nova York, que teve o processo de deportação iniciado.
O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, afirmou que mais de 300 vistos já foram cancelados nas últimas semanas e declarou que “os direitos dos estrangeiros não são iguais aos dos cidadãos americanos”.
Além das ações migratórias, a administração Trump também cortou subsídios de universidades que, segundo o governo, não combateram com firmeza atos considerados antissemitas durante protestos nos campi universitários.
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