Eurodeputado conservador preso em orgia estava com 24 homens e tentou fugir pela janela

Atualizado em 2 de dezembro de 2020 às 11:25

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József Szájer; Foto: Twitter

A polícia de Bruxelas deteve 25 homens que participavam nus numa orgia, na madrugada de sexta-feira, desrespeitando a regra de recolher obrigatório e de distanciamento social obrigatórios na Bélgica.

Segundo os jornais belgas, entre o grupo encontrava-se um eurodeputado húngaro e um número não divulgado de diplomatas, que invocaram imunidade devido ao seu estatuto político. E que lhes foi negada.

A polícia foi chamada ao local por uma queixa de “distúrbios e barulho” a propósito de uma “festa de lockdown” a decorrer num apartamento no primeiro andar de um bar no centro histórico de Bruxelas. O endereço onde decorria o ajuntamento ilegal situa-se a dois passos do Comissariado central da polícia da capital belga.

As detenções deveram-se ao facto de os participantes na orgia estarem a desrespeitar as regras estritas em vigor em Bruxelas, que incluem o recolher obrigatório entre as 22h e as 05h e a proibição de ajuntamentos.

A Bélgica tem ainda em vigor a política do visitante único, o que significa que cada família só pode receber uma pessoa em sua casa. Fora de portas, ao ar livre, podem juntar-se quatro pessoas, mas com máscaras e com distanciamento social de pelo menos 1,5 metros.

De acordo com informações da polícia, o eurodeputado de origem húngara tentou escapar pela janela, mas magoou-se na queda. A sua tentativa de reclamar a imunidade que o Parlamento Europeu confere foi-lhe negada pela polícia.

A imunidade não está prevista quando um eurodeputado é apanhado a cometer um crime em flagrante delito, fora das suas atribuições políticas.

O jornal Politico descreve a sequência de eventos e remete para uma brincadeira que a Ryanair se permitiu hoje no Twitter: “À procura de uma escapadela de Bruxelas? Temos voos a partir de €14.99 (mas não recomendamos o assento à janela)”.

Embora o Parlamento Europeu não divulgue a identidade do eurodeputado, há especulação no Twitter de que seria um membro destacado do Fidész, o partido politico de Orbán que tem discriminado e condenado abertamente a comunidade LGBT+ na Hungria.