Evacuação e emergência: entenda o risco de colapso nas minas da Braskem em Maceió (AL)

A ameaça iminente de desabamento de uma das minas da Braskem, empresa responsável pela mineração que impactou cinco bairros em Maceió, levou à evacuação de residências e até mesmo de um hospital. A situação, tão grave, resultou na declaração de situação de emergência pela prefeitura.

A Defesa Civil divulgou dados alarmantes indicando que a Mina 18, sob responsabilidade da Braskem, estava programada para colapsar às 6h desta sexta-feira (1º), no entanto, o impacto ainda não aconteceu. Apesar da previsão específica, é crucial ressaltar que a cavidade pode desmoronar a qualquer momento.

A atividade de mineração em Maceió iniciou-se nos anos 1970 com a Salgema Indústrias Químicas S/A, posteriormente denominada Braskem. A extração de sal-gema, essencial na produção de soda cáustica e PVC, tinha autorização pública. Em 2018, rachaduras surgiram no bairro do Pinheiro, seguidas por tremores e danos irreversíveis.

Evacuações após confirmação dos danos

A instabilidade do solo, confirmada pelo Serviço Geológico do Brasil em 2019, desencadeou ordens de evacuação em bairros como Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol.

Mais de 14 mil imóveis foram desocupados, afetando cerca de 55 mil pessoas e transformando áreas em verdadeiros bairros fantasmas.

Risco atual

Apesar dos esforços da Braskem para fechar e estabilizar as minas, cinco tremores em novembro aumentaram o alerta.

A Defesa Civil de Maceió destacou o “risco de colapso em uma das minas,” especificamente a de número 18. Especialistas alertam que o desabamento pode impactar minas vizinhas, formando uma cratera considerável.

O professor Abel Galindo destaca o potencial efeito devastador, incluindo a possibilidade de formação de um lago salgado que afetaria toda a área de mangue.

Ações emergenciais e monitoramento

Diante da gravidade, a Justiça Federal ordenou a retirada de famílias nas áreas de risco, e um hospital transferiu pacientes. Uma equipe do Serviço Geológico do Brasil está em Maceió para avaliação, enquanto a Defesa Civil Nacional monitora a situação de perto.

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